Vítimas do Ciclone Freddy clamam falta de Assistência na localidade de Mucuácua, distrito de Massinga: “Não há quem nos dê socorro, não temos se quer o que comer!”

Fátima José Marcial Pinhal, tem 42 anos de idade e, é residente no Bairro Malamba, na localidade de Mucuácua, distrito de Massinga, na província de Inhambane. Fátima é uma das vítimas do Ciclone Tropical Freddy, e explica o drama por si vivido na noite do dia 24 de fevereiro.
“Tudo começou por volta das 04 horas de madrugada do dia 24 de fevereiro! Começou por ventar fortemente, e uma chuva muito intensa começou a cair, o teto de uma das nossas casas caiu, e de repente vimos três dos nossos coqueiros a caírem. Foi tudo rápido! Todas estas casas foram empurradas pelo vento e caíram, a nossa comida, roupas, camas e tudo ficou molhado pela chuva, não conseguimos remover nada, não temos força.” Lamentou!

“Tivemos que correr para casa do meu irmão para pedir um lugar para poder pendurar a roupa que molhou com as chuvas.” Acrescentou.
Fátima é viúva desde o ano 2020, e é mãe de cinco filhos e vive atualmente com sua mãe de 80 anos de idade, juntamente com a sua irmã. Entretanto, cada uma tinha sua própria cabana, onde dormia com seus filhos, mas com a desgraça trazida pelo ciclone Freddy são todos obrigados a dormir aglomerados numa cabana de um quarto e sala, a que felizmente escapou a fúria do ciclone. Fátima lamenta fome.
"As nossas crianças não têm o que comer, desde que o Ciclone passou por cá amanhecemos em pé, não temos onde dormir, todas as nossas cabanas foram sopradas pelo

vento e caíram, é só chuva aqui, todos os dias!

"Não temos o que comer, toda comida que tínhamos em casa e nos celeiros molhou. Perdemos tudo o que tínhamos na machamba, e perdemos toda comida que tínhamos em casa."

Devido ao condicionamento das vias de acesso, a falta de transporte na localidade de Mucuacua pode condicionar o surto de diarreias agudas. “Não temos transporte para nos levar ao hospital, temos crianças com diarreia, mas não temos como chegar ao hospital. As crianças choram todos os dias aqui e o nosso medo é que não haja transmissão aqui em casa." Disse.